segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Pater Pisciano

Em algumas noites com imagens recortadas
eu via seus olhos tortos na beira da loucura.
Seus olhos tortos lá.
Sua esperança no oco, sempre deixou os comuns loucos.
A esperança decrépita  tornou as noites
com céu vermelho nas melhores lembranças de mim.
Sobre mim, eu lembro de você.
Essa crença no inexiste e tua expressão de profeta
Os sons  sufocados ou a vida sufocada
dentro de um travesseiro, coisas que foram bordando a menina.
Ancião da transparência, sempre turvo.
Sempre afeto, sempre inexato, sempre perto.
Ela lembra dos seus olhos firmes, firmes de amor.
 Menino e velho, paradoxo de si.







Nenhum comentário:

Postar um comentário